sábado, 22 de setembro de 2012

A História dos dois profetas






Pressentindo que seu país em breve iria mergulhar numa guerra civil, o sultão chamou um dos seus melhores profetas e perguntou-lhe quanto tempo lhe restava para viver.
_Meu adorado mestre, o senhor viverá o bastante para ver os seus filhos mortos.
Num acesso de fúria, o sultão mandou imediatamente enforcar aquele que proferia palavras tão aterradoras. Então, a guerra civil era realmente uma ameaça! Desesperado, chamou o segundo profeta.
_Quanto tempo viverei! _ perguntou, procurando saber se ainda seria capaz de controlar uma situação potencialmente explosiva.
_Senhor, Deus lhe concedeu uma vida tão longa que ultrapassará a geração dos seus filhos e chegará á geração dos seus netos.
Agradecido, o sultão mandou recompensá-lo com ouro e prata. Ao sair do palácio, um conselheiro comentou com o profeta: __Você disse a mesma coisa que o profeta anterior. Entretanto, o primeiro foi executado e você recebeu recompensas. Porque?
_Porque o segredo não está no que você diz, mas na maneira como diz.
Sempre que precisar disparar uma flecha da verdade, não esqueça de antes molhar sua ponta num vaso de mel. Por mais inaceitável que seja aquilo que você vai dizer, se você souber como transmitir, será fatalmente absorvido por quem ouve, de uma forma compreensível. Seja na vida profissional, familiar, etc.



O Leitor



   

A sociedade acredita que é guiada pela moralidade mas isso não é verdade. O premiado diretor de As Horas, Stephen Daldry, mostra novamente toda a sua força nesta história de medos e segredos escondidos pelo tempo. Hanna (Kate Winslet) foi uma mulher solitária durante grande parte da vida. Quando se envolve amorosamente com o adolescente Michael (Ralph Finnes) não imagina que um caso de verão irá marcar suas vidas para sempre. Livro com sucesso mundial de vendas, O Leitor é uma história que nos levará a questionar todas as nossas mais profundas verdades.

Elenco


          

Vamos assistir? 



terça-feira, 18 de setembro de 2012

SALVADOR DA PÁTRIA



(Por Vinicius Rodrigues)




Tomé de Souza desembarcou no Brasil há 460 anos, com a missão de por ordem na colônia. Por determinação do rei, veio criar uma cidade fortificada para ser o centro do poder. Construiu Salvador e colocou nos eixos o projeto português.

Na proa da nau Salvador, o capitão sentiu que as ondas já não batiam com tanta força no grande caravelão e conseguiu ver a mata exuberante e uma pequena movimentação na praia. Depois de dois meses de uma viagem tranquila. Tomé de Souza era enfim apresentado à baía de Todos os Santos, com um misto de ansiedade e resignação. Aos 46 anos, o militar português, filho ilegítimo de um padre, vinha com imensa responsabilidade: construir uma fortaleza em um povoado destruído por índios e saqueado por franceses e transformar o território coberto por todas as capitanias, então caótico, numa estrutura organizada e lucrativa, a serviço de Portugal. Quando a frota atracou, começava a nascer a primeira cidade  do Brasil.



A história de Tomé de Souza se mistura com o da própria Salvador. Por isso, a data oficial de fundação da capital baiana ficou sendo a mesma da chegada do governador –geral, ou 29 de março de 1549, há exatos 460 anos. Ele veio com triplo mandato: capitão da povoação e terras da baía de Todos os Santos, governador – geral da capitania  da Bahia e primeiro governador – geral de todas as capitanias e terras do Brasil. Tinha á sua espera um cenário desolador, com colonos dispersos, índios amotinados, franceses contrabandistas, administradores ineptos. Na capitania da Bahia, em particular, oficiais da corte calculavam existir de 5 mil a 6 mil guerreiros tupinambás, para cerca de 100 colonos.

(NA CHEGADA DE TOMÉ DE SOUZA COM A ESPADA, A RECEPÇÃO TRANQUILA, GRAÇAS A CARAMURU).




O antigo donatário, Francisco Pereira Coutinho, chamado Rusticão por seus modos violentos, fundara em 1536, na ponta do Padrão, onde hoje está o farol da Barra, a vila Velha (ou vila do Pereira). Mas os maus tratos infligidos pelos colonos aos índios, com a permissão do donatário, provocavam levantes frequentes. No mais violento deles, em 1545, a vila foi arruinada e Coutinho, obrigado a fugir para a capitania de Porto seguro.
Um ano depois, ao voltar, naufragou próximo à ilha de Itaparica, onde foi preso e devorado pelos tupinambás.
Com a morte do donatário Rusticão, a capitania da Bahia reverteu à coroa e foi escolhida para se tornar a sede do governo – geral que se formava. Passados quase 50 anos do descobrimento do Brasil, tirando a próspera capitania de Pernambuco, quem mais se aproveitava dessas terras eram os franceses, que mantinham melhores relações com os índios e voltavam com as embarcações transbordando de pau-brasil. A falta de controle português sobre a colônia brasileira era tanta que, em 1548, Luis de Góis, irmão de Pero de Góis (donatário de São Tomé), pediu socorro ao rei dom João III: “Se com tempo e brevidade Vossa Alteza não socorre estas capitanias e costa do Brasil, ainda que nós percamos as vidas e fazendas, Vossa Alteza perderá a terra”, escreveu.


ARMADA DE MIL HOMENS


Foi à gota d’água. Portugal não extinguiu as capitanias (o que só aconteceria em 1821), mas decidiu concentrar o exercício do poder sobre o território em uma nova cidade. A instituição do governo-geral, em 1548, é considerada uma evolução do Estado monárquico em Portugal, cada vez mais centralizador, mas também uma medida saneadora. Estava na hora de tomar posse efetiva do Brasil e fazê-lo render.
Para cumprir sua missão, o primeiro governador – geral do Brasil veio preparado. Sua armada reunia três naus (Salvador, Conceição e Ajuda) duas caravelas (Leoa e Rainha), um, bergantim (São Roque) e duas outras naus de comércio, que deveriam voltar cheias de pau –brasil. Embarcadas, estima-se de 500 a mil pessoas, entre 130 soldados, 90 marinheiros, 70 profissionais (carpinteiros, ferreiros, serradores etc.), funcionários públicos, jesuítas comandados por Manoel da Nóbrega, 500 degredados e outros peões para o trabalho pesado.
Debaixo do braço, Tomé trazia o Regimento do Governador e Capitão Geral, com as ordens do rei dom João III, redigido em 17 de dezembro de 1548. Com 48 artigos, determina a fundação da cidade – fortaleza e trata da defesa militar da costa, das relações com os índios, de doações de sesmarias, cobrança dos proventos devidos á corte. “Foi o que alguns chamam de a primeira Constituição do Brasil”, diz o historiador Cid Teixeira.
Quando o grupo de Tomé de Souza desembarcou, foi muito bem – recebido. “Achamos a terra de paz e 40 ou 50 moradores na povoação que antes era. Receberam –nos com grande alegria”, escreveu Manuel da Nóbrega.



Mas se as relações com os índios eram tão tensas, como explicar a acolhida descrita pelo jesuíta? Graças á presença, em terra, de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, aliado dos índios e mediador indispensável aos propósitos portugueses.



Dois meses antes da chegada da armada, o rei mandara carta a  Caramuru pedindo sua colaboração: “ porque sou informado, pela muita prática e experiência que tendes essas terras e da gente e costume delas, o sabereis bem ajudar e conciliar, vos mando que quando o dito Tomé de Souza lá chegar, vos vades para ele, e o ajudeis no que lhe deveis cumprir e que vos encarregar”.
Uma vez em terra, umas das primeiras medidas de Tomé foi reagrupar os colonos. Dessa vez, não ocupou a ponta do Padrão, aberta ao mar, á mata e, por isso, vulnerável. A 5 quilômetros da vila Velha, o governador –geral encontrou uma colina que caía verticalmente sobre a praia. Era o ponto mais alto da região, uma perfeita defesa natural, com fontes de água e um rio (das Tripas), na direção oposta ao mar. Surgia a cidade Alta, que ainda hoje registra um desnível em relação à cidade Baixa, em Salvador, de 70 metros. As obras começaram já em abril, menos de um mês depois do desembarque. Ajudado por Manuel da Nóbrega, na catequese, e por Caramuru, Tomé incorporou os índios aos esforços de edificação, para compensar a escassez de mão-de-obra portuguesa. O trabalho indígena era forçado ou pago com foices, enxadas, tesouras, espelhos, pentes e anzóis.


MÃO NA MASSA


A primeira cidade oficialmente fundada na colônia – até então só existiam vilas – seria capital do Brasil por mais de dois séculos, de 1549 a 1763. Seu traçado foi inspirado nos modelos florentinos do Renascimento, mas à moda rústica.
A muralha ao longo da cidade era de taipa, o mesmo material aproveitado para construir as casas (inclusive a do governador), que tinham teto de palha e baixo (1,70 metros de pé – direito). “Eventualmente, utilizavam-se tapetes de pele de onças-pintadas, mas nunca faltava à rede de algodão, chamada ‘rede de bugre’, cujo uso os portugueses aprenderam com os indígenas”, escreve Eduardo Bueno, no Livro A Coroa, a Cruz e a Espada. Enquanto os prédios da administração pública e as moradias ficavam no alto da colina, na Cidade Baixa estava o aparato do porto: ancoradouro, armazéns, Casa de Fazenda e Contos e a Casa de Pólvora (uma das raras de pedra).

Tomé se mostrava dedicado a cumprir o regimento do rei. 


E, aparentemente, gostava de dar exemplo, trabalhando com os peões nos canteiros de obras. “Onde ouvi dizer a homens do seu tempo (que ainda alcancei alguns) que ele [o governador-geral]era o primeiro que lançava mão do pilão para os taipais e ajudava a levar a seus ombros os caibros e madeiras para as casas”, escreveu frei Vicente do Salvador, em Histórias do Brasil 1500-1627.apesar de alguns historiadores duvidarem da versão do frei, escrita no século 17, o mero registro dessa imagem de administrador diligente revela a habilidade política do governador. “Tomé de Souza dominou as más paixões pela singeleza do seu caráter”, diz o professor Braz do Amaral, no livro Resenha Histórica da Bahia.
Muito antes de Amaral, o cronista português Gabriel Soares de Souza, que veio para a Bahia em 1565, contou em seu Tratado Descritivo do Brasil que “o gentio [como chamavam aos índios] por muito tempo viveu muito quieto e recolhido, andando ordinariamente, trabalhando na fortificação da cidade a troco do resgate [escambo]que por isso lhe davam”.
Valendo-se, assim, da mão-de - obra de um povo que, a princípio, não tinha porque lhe servir, recebendo apenas ferramentas e utensílios, Tomé conseguiu erguer a cidade.
“Ele foi muito bem recebido pelos colonos e tinha um bom relacionamento com os índios”, explica a professora Consuelo Ponde de Sena, Presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.



CORTEM AS ORELHAS


Mas nem tudo era um mar de rosas. Uma fonte de preocupações era a manutenção da ordem numa população formada, em grande medida, por ex - presos enviados pela coroa. A primeira condenação por furto em Salvador data de 1550, e envolveu justamente um degredado, Sebastiam d’Elvas. Pelo crime, segundo sua sentença, ele foi açoitado e “desorelhado”. Outro problema era a ausência de mulheres na cidade. Não vieram mais que dez na esquadra de Tomé. E os colonos começavam a se relacionar com as índias.


“Enquanto os índios eram violentados submetidos e tomados como escravos ou para mandar vender no reino, as negras [índias] eram raptadas ou presas para mancebas dos brancos, com os quais viviam em escandalosas poligamias”, escreveu o antropólogo Thales de Azevedo, em O povoamento da cidade de Salvador. Alarmado, Manuel da Nóbrega pediu ao rei, quase em desespero, que mandassem mulheres portuguesas, mesmo que de má reputação. Dom João III enviou seis órfãs, em 1551, e incumbiu o governador de casá-las. Ele obedeceu, mas tão exíguo suprimento de noivas não serviu para impedir a miscigenação.
O próprio Tomé de Souza não escondia as saudades da mulher e da filha. Em carta de 1552, tenta convencer o rei, “por amor de deus”, que o devolvesse ás duas, em Portugal. Mas, antes de voltar, ele teria de percorrer a costa para vistoriar as capitanias do Sul. Ao lado de Manuel da Nóbrega, foi até São Vicente, passando por Ilhéus, Porto Seguro, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Angra dos Reis. “todas as vilas e povoações de engenhos desta costa fiz cercar de taipa com seus baluartes (...) e lhes dei toda a artilharia que me pareceu necessária”, diz, em carta ao rei de junho de 1553. A missão estava cumprida. O seu mandato, que inicialmente duraria três anos, já havia passado de quatro.
De fato, desde março daquele ano, ele já não era governador-geral. A seu pedido, o rei nomeou para o posto Duarte da Costa, que chegaria à Bahia em julho. O meirinho correu para avisar Tomé, que, apesar de ter pedido tanto para partir, não reagiu com alívio, mas perplexo. “Vedes isso, meirinho? Verdade é que eu desejava muito, e me crescia água à boca quando cuidava em ir para Portugal, as não sei que é que agora se me seca a boca de tal modo que quero cuspir e não posso”, teria dito, segundo frei Vicente.
Assim terminava mais uma demanda daquele fidalgo – nas palavras de Gabriel Soares Souza, “honrado, ainda que bastardo homem avisado, prudente e mui experimentado na guerra da África e da Índia, onde se mostrou mui valoroso cavaleiro em todos os encontros que se achou”. Tomé de Souza pode, então, voltar a Portugal, onde morreu, em 28 de janeiro de 1579. Deixou de pé, no Brasil, os pilares de uma cidade com incrível personalidade política e cultural.















E hoje a nossa Bahia Linda está assim! grande e desenvolvida!




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Fonte: Revista Abril – Aventuras na História – Edição 68 – março de 2009 – página 47 a 51.



OS DOIS AMIGOS









Dois amigos, um bastante gordo e o outro magro, estavam caçando em uma perigosa floresta. Eis que de repente, surge diante deles um enorme e feroz urso. O medo e o susto foram tamanhos que abandonaram as armas e se puseram a correr. O amigo magro, rápido e ligeiro subiu em uma árvore, mas o gordo não pode fazer o mesmo. Não tendo outra alternativa, deitou-se sob a mesma árvore e fingiu-se de morto, suspendendo até a respiração. O enorme urso chegou perto dele, cheirou seus ouvidos e seu rosto; e achando que ele estava morto, seguiu adiante. Enquanto isto, o amigo magro, bem protegido na árvore, torcia pelo amigo infeliz lá embaixo.
Depois que o urso se foi, desceu da árvore e perguntou ao gordo: - O que o urso lhe disse nos ouvidos? Respondeu o gordo: - Que um amigo que abandona o outro na hora do perigo é um covarde!...






domingo, 9 de setembro de 2012

BENDITO OU MALDITO?


                                                           
                                                                       


Pio XII foi eleito papa no mesmo ano em que a segunda guerra mundial estourou: 1939. Até hoje não se chegou a uma conclusão sobre a postura do religioso durante o Holocausto. Afinal, a Igreja foi omissa? Uma reação firme teria evitado ou aumentado o número de inocentes mortos?
A reconciliação entre a Igreja e os judeus avançou mais nos últimos 40 anos do que em toda a História do cristianismo. Mas resta um grande obstáculo a superar: a campanha pela beatificação de Eugenio Maria Giuseppe Giovani Pacelli, o papa Pio XII (1876-1958). Iniciada em 1965, a causa estava suspensa pelo Vaticano até outubro último, quando, durante a missa do aniversário de 50 anos da morte de seu antecesseor, Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, argumentou pela retomada do caso. O problema é que líderes de organizações judaicas e famílias de sobreviventes do Holocausto acusam o sumo pontífice de omissão  ante as atrocidades nazistas na Segunda Guerra Mundial, iniciada em setembro de 1939, Já o Vaticano assegura que Pio XII, que assumiu o papado há 70 anos, em março de 1939, atuou em silêncio para evitar o pior.
Essa controvérsia causaria surpresa para muitos judeus que viveram durante o conflito. Albert Einstein (1879-1955), um refugiado do nazismo, e a primeira – ministra israelense Golda Meir (1898-1978), por exemplo, expressaram publicamente sua gratidão ao Santo Padre por salvar judeus do genocídio.
A polêmica só ganhou força em 1963, com a peça de teatro O Vigário, do protestante alemão Rolf Hochhuth, hoje com 77 anos. Nela, Pacelli era retratado como um sujeito calculista e sem moral, que ignorou o sofrimento dos judeus em nome de interesses próprios. É uma obra de ficção, embora ancorada em ampla pesquisa do autor. Até que ponto ela teria algo de verdade?
Essa é a pergunta que ainda hoje instiga os historiadores. Nos últimos anos, mais de dez livros foram lançados, com diferentes interpretações  sobre a conduta do pontífice antes e durante o regime nazista. Em geral, eles podem ser divididos entre os pró e os contra Pio XII. Uns o acusam de ser cúmplice  do Holocausto, enquanto outros garantem que ele atuou nos bastidores para salvar quantas pessoas pode. Mas, antes de conhecer os argumentos dos dois lados, é preciso entender a situação do Vaticano nos anos anteriores ä Segunda Guerra.


IGREJA AMEAÇADA




O poder dos papas vinha naufragando desde a Revolução Francesa, em 1789. Na época, a razão começava a reinar sobre a fé, e os Estados modernos estavam dispostos a separar a religião da política. Durante o século 19, as propriedades da Igreja foram saqueadas e seus territórios viviam sob constante ameaça. Em 1809, o imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) chegou a sitiar o Vaticano e prender Pio VII (1742-1823). Na tentativa de diminuir o poder do catolicismo na França, ele manteve o pontífice confinado durante mais de quatro anos.
Napoleão foi derrotado em 1815, mas o processo de unificação da Itália botou as terras da Igreja novamente em risco. Em 1860, o rei piemontês Vitório Emanuel II (1820-1878) já controlava quase todos os domínios papais do centro da Itália. Nessa época, surgiram duas correntes dentro da Santa Sé. Uma delas insistia no poder papal absolutista: a outra queria repartir esse poder com Igreja nacionais independentes de Roma. A primeira alternativa levou a melhor no Concílio Vaticano I. A Igreja proclama, em texto de 1870, o dogma do papa incontestável e infalível. Os líderes nacionalistas logo deram o troco. Na Alemanha, na Bélgica e na Suíça, ordens religiosas foram expulsas pelos governos locais e o ensino ficou nas mãos do Estado. Na Itália, manifestantes protestaram durante o cortejo fúnebre de Pio IX (1792-1878) e só não jogaram o caixão no rio Tibre porque os seguranças agiram rápido e salvaram o cadáver do papa.



DIPLOMATA CENTRALIZADOR



Diante da crise, os novos líderes da Igreja tinham agora um duplo desafio: defender a integridade da instituição e recuperar o poder político entre os donos da Europa. Para isso, a Santa Sé investiu pesado na formação de diplomatas – entre eles Eugênio Pacelli, um romano nascido em 1876 numa família de juristas a serviço do Vaticano. Ele ajudou a reformular a legislação católica a fim de conceder aos pontífices uma autoridade indiscutível. Em 1917, essas leis foram compiladas no Código de Direito Canônico.






PARTIDOS FECHADOS



O outro trunfo de Pacelli era um doutorado sobre as concordatas, nome dado aos tratados que a Santa Sé usava (e continua usando) para regular suas relações com os Estados – por exemplo, para garantir o direito da Igreja de controlar escolas religiosas ou celebrar casamentos. Em novembro último, O Brasil assinou um acordo desse tipo como Vaticano, que gerou críticas de entidades contrárias ao ensino religioso em escolas públicas e a outros privilégios de caráter não –laico.
Durante décadas, o conteúdo desses tratados (em geral assinados pelo papa com os soberanos, por cardeais – secretários de Estado com embaixadores autorizados) tinha variado de acordo com o país. “Com o código de 1917, porém a concordata virou um instrumento que impunha condições a bispos, padres e fiéis, sem consultas e em qualquer lugar do mundo”, diz o jornalista britânico John Cornwell, autor de O papa de Hitler – A História Secreta de Pio XII.
Foi uma dessas concordatas que o papa Pio XI (1857-1939) assinou em 1929, com o ditador italiano Benito Mussolini (1883-1945); o Tratado de Latrão. Elaborado pelo irmão mais velho de Pacelli, Francesco, o documento reconhecia o Vaticano como Estado soberano e o catolicismo como a única religião na Itália. Em troca, fechava o Partido Popular Católico. Porque? Simples: o Vaticano queria os fiéis fora da política para não prejudicar sua hierarquia e influência.
                      
                             
Muito antes de se tornar líder máximo dos católicos. Pacelli estava convencido de que a Igreja só permaneceria unida no  mundo moderno com o fortalecimento da autoridade dos papas. Na década de 20, quando era embaixador do Vaticano na Baviera, ele tinha assinado esses acordos com a Rússia, a Letônia e a Polônia. Em 1933, já secretário de Estado do Vaticano, ele via no Tratado de Latrão o modelo perfeito para seu maior objetivo: uma concordata com a Alemanha, onde viviam cerca de 23 milhões de católicos.
O único problema era o chanceler Adolf Hitler (1889-1945) “Pacelli e Hitler nutriam um desprezo mútuo. Cada um se sentia ameaçado pelo potencial do outro de exercer o poder mundialmente”, escreve o jornalista americano Dan Kurzman no livro Conspiracão contra o Vaticano. “Apesar da desconfiança, os dois viram vantagens – pelo menos temporárias – em frear o conflito com a assinatura de uma concordata em 1933.” O acordo tornou todos os alemães sujeitos às leis canônicas e acabou com o Partido do Centro Católico, a única agremiação democrática que ainda restava no país.
Até aqui, não há grandes dúvidas a respeito do religioso. Os historiadores começam a se dividir a partir do momento em que o cardeal se tornou papa, em 1939. Afinal, ele foi omisso ou discreto durante o Holocausto?



CONTRA PIO XII




Para Cornwell, o italiano não foi apenas omisso; ele ajudou o Fuhrer: “Como disse Hitler, numa reunião ministerial de 14 de julho de 1933, a garantia de não – intervenção de Pacelli deixava o regime livre para resolver a questão judaica”. Isso não significa que Pacelli simpatizasse com Partido Nazista. Ao contrário: não apoiava sua plataforma racista e via nele uma ameaça à religião. “Mas o temor o nazismo era ofuscado por um medo ainda maior de Pacelli, o comunismo”, diz o historiador Michael Phayer, da Universidade de Marquette, nos Estados Unidos. Foi com essa mesma lógica antimarxista que a Igreja apoiou ditadores como Benito Mussolini, na Itália, e Francisco Franco (1892-1975), na Espanha. Valia tudo para conter o “perigo vermelho”. Até mesmo fazer um pacto como diabo.


Mas o ponto é: Pio XII ficou mesmo em silêncio durante o Holocausto? Nem tanto. O papa falou, sim, mas poucas vezes e de forma ambígua. Nos discursos de Natal que fez em 1941 e 1942, por exemplo, condenou a violência, sem mencionar “nazistas” nem “judeus”. No discurso de 1942, o mais importante, quando as atividades dos campos de concentração estavam no auge, ele afirmou: “A humanidade deve esse voto às centenas de milhares de pessoas que, sem qualquer culpa pessoal, às vezes apenas por motivo de nacionalidade ou raça, estão marcadas para a morte ou extinção gradativa” . Foi o ponto máximo de seu protesto diante das atrocidades de um regime que, ao fim da guerra, teria matado cerca de 6 milhões de judeus.
A historiadora Susan Zucotti, da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, não tem dúvida: se Pio XII tivesse sido mais incisivo, teria ajudado a salvar muitas vítimas. No livro Under His Very Windows: The Vatican and the Holocaust in Italy (“Sob suas próprias janelas: O Vaticano e o Holocausto na Itália”, sem edição no Brasil), ela lembra que os croatas fascistas eram muito devotos e, por isso, suscetíveis a acatar pedidos feitos pelo papa. “Como as autoridades da Igreja deixaram os católicos em ambiguidade moral ao não falar, a grande maioria deles se manteve como espectadora”, afirma o historiador Michael Phayer em seu livro The Catholic Church and the Holocaust (“A Igreja Católica e o Holocausto”, sem edição disponível no Brasil).
É certo que muitos católicos arriscaram a vida para esconder os judeus em suas casas, igrejas e escolas. No entanto, para Zucoti e Phayer, eles prestaram essa ajuda apesar do papa, e não por causa do que ele disse ou fez. “Pio XII fez relativamente pouco pelos judeus, quando eles necessitavam, e os católicos fizeram muito mais”, diz Phayer. Os críticos do sumo pontífice também questionam porque ele nunca excomungou Hitler, Henrich Himmler (1900-1945) e outros chefes nazistas, que eram católicos batizados. Essas simples ação, argumentam, teria tido um importante efeito sobre os fiéis – algo de que os defensores de Pio XII duvidam.
Mas espinhoso que acusar o papa de omisso é considerá-lo antissemita. Ë o que faz o jornalista e escritor John Cornwell, que cita uma carta escrita por Pacelli na época em que ele era embaixador do Vaticano em Munique.
Ao relatar seu espanto com uma manifestação de bolcheviques na cidade, ele se referiu ao líder do grupo, Marx Levien (1885-1937), como “russo e judeu; pálido, sujo, olhos de drogado, vulgar, repulsivo”. Na carta, ele também diz que a namorada de Levien “era judia” e que integrava “um bando de mulheres de aparência duvidosa, judias, como todos ali”. Pode ser coincidência, mas essa referência ao fato de serem judeus, em meio a descrições de repulsa física, é um velho clichê antissemita.
O historiador americano Daniel J. Goldhagen, autor do livro Uma Dívida Moral, vai além. Ele acusa a Igreja Católica de ser maior responsável pelo racismo que desembocou no Holocausto.
Para Goldhagen, a Igreja abrigou durante milênios o antissemitismo como parte integral de sua doutrina.




A FAVOR DE PIO XII


O principal argumento em defesa do papa é simples: se ele tivesse se posicionado com mais vigor, haveria retaliação. E alguns dos especialistas que dizem isso são judeus. “Uma condenação pública mais forte teria provocado represálias nazistas contra o clero católico na Alemanha e nos países ocupados. Também colocaria em risco a vida de milhares de judeus escondidos da Itália, além dos católicos que os protegiam”, diz o rabino e historiador americano David Dalin, autor do Livro The Myth of Hitler´s Pope (“O mito do papa de Hitler”, sem tradução). De acordo com o rabino, Pio XII pediu às igrejas italianas que abrigassem judeus quando as tropas alemãs ocuparam Roma, em 1943, e assim evitou que milhares deles fossem deportados a Auschwitz. “Na cidade, 155 conventos e mosteiros abrigaram cerca de 5 mil judeus durante a ocupação alemã. E outros 3 mil se refugiaram em Castel Gandolfo, a residência de verão do papa”, afirma. Dalin rejeita a ideia de que Pio XII era antissemita; pelo contrário, ele o indicou ao título de “Justo entre as Nações”, utilizado em Israel para descrever não – judeus que arriscaram suas vidas durante o Holocausto para salvar vidas. Afinal, Pio XII tinha motivos para temer por sua própria vida: Hitler planejava invadir o Vaticano e sequestrá-lo.
Outro defensor de Pio XII é o historiador e diplomata israelense Pinchas Lapide, ex – cônsul de Israel em Milão. Em sua obra Theree Popes and the Fews (“Três papas e os judeus”, sem versão no Brasil), Lapide conclui que o líder religioso ”foi instrumento para salvar pelo menos 700 mil judeus, e provavelmente 860 mil, da morte certa na mão dos nazistas”. Uma cifra exagerada, segundo os críticos. Seja como for, Lapide justifica a tese de “maior protesto, maior retaliação” citando o exemplo da Holanda, país onde os bispos católicos mais resistiram ás perseguições nazistas.
Em cada igreja, eles leram uma carta denunciando o “tratamento sem misericórdia aos judeus”. O resultado? “Enquanto os bispos protestavam, mais judeus, cerca de 110 mil, ou 79% do total, eram deportados aos campos de extermínio”, diz o historiador.


Os partidários do papa também argumentam que seu silêncio é uma falácia. Garantem que seus discursos de Natal foram entendidos como uma clara denúncia do extermínio judeu. E citam como prova os editoriais que o jornal americano The New York Times (hoje crítico do pontífice) escreveu na época. “A voz de Pio XII é a única no silêncio e na escuridão envolvendo a Europa neste Natal”, afirmava um texto, em edição de 1941. A homilia de 1942 teria deixado os nazistas furiosos, afirma o historiador irlandês Eamon Duffy, autor de Santos e Pecadores – História dos Papas. “A Alemanha considerou que o papa tinha abandonado qualquer pretensão de neutralidade”, diz.
Tem mais. Para o escritor americano Kenneth D. Whitehead, é ingênuo pensar que maior protesto de Pio XII levaria os católicos a se opor aos nazistas, como se os fiéis seguissem automaticamente suas recomendações – o que não ocorre nem com a proibição à camisinha. “O fato é que a maioria dos católicos alemães, especialmente no início, viu Hitler o salvador de seu pais, em meio á crise pela derrota na Primeira Guerra. Os nazistas chegaram  ao poder de forma totalmente legal. Só depois impuseram um regime totalitário”, diz Whitehead no artigo The Pope Pius XII Controversy (“A controvérsia do papa Pio XII”, inédito em português).
Em meio ao debate, o papa Bento XVI decidiu congelar novamente a campanha de beatificação de Pio XII e aguardar até que seja feita uma pesquisa mais conclusiva e esclarecedora sobre sua história. Enquanto isso, o sucesso do polêmico para, João XXIII (1881-1963), já foi beatificado e a campanha por João Paulo II (1920-2005) corre a passos largos.




LÍDER INFALÍVEL


A abertura de arquivos do Vaticano sobre os anos do Holocausto seria o primeiro passo nesse estudo aprofundado sobre as ações de Pio XII durante a guerra, embora muitos considerem que mesmo isso não vá adiantar nada. “ Se existisse um documento mostrando claramente o envolvimento de Pio XII em favor dos judeus, o Vaticano já o teria mostrado. E se algum outro revelasse que ele foi colaborador dos nazistas, com certeza, já teria sido removido”, diz o jornalista Anshel Pfeffer, do diário israelense Haaretz.
Segundo ele, a polêmica em torno da beatificação de Pacelli vai além do debate sobre os fatos históricos e da disputa entre o Vaticano e as organizações judaicas. Ela também reflete uma disputa interna católica que vem desde o século 19: a briga entre os que defendem o poder papal infalível e os que rejeitam. “As atitudes de Pio na guerra não  são o principal argumento dentro do Vaticano para torna-lo santo. Os que o defendem preservam sua imagem de último líder católico conservador do século. Sua adoração é central para o s que creem na versão mais extrema da infalibilidade papal”, diz Pfeffer.
No fim das contas, quem sabe o papa seja bem menos do que falam sobre ele – para o bem ou para o mal. Talvez seu grande problema tenha sido a obrigação de exercer, ao mesmo tempo, o papel de líder político e de chefe religioso numa época difícil, tendo que conjugar seu dever moral com os interesses de um Estado. Talvez ele tenha sido apenas uma pessoa ambígua, num período ainda mais ambíguo.
Ou quem sabe, o embaixador do Vaticano que virou Vigário de cristo jogou comas regras da diplomacia, enquanto esperava com paciência pelo fim da guerra. A mesmoa paciência que, hoje, as pessoas precisam ter para saber quem realmente foi Eugenio Pacelli.


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FONTE: REVISTAS AVENTURAS NA HISTÓRIA EDITORA ABRIL - Matéria  feita por Eduardo Szklarz - Página 30  edição 67/2009.


sábado, 8 de setembro de 2012

OS CORTADORES DE LENHA





                                                   

                                                   Conta antiga lenda, que um jovem com grande habilidade e rapidez no corte de lenha, procurou um mestre, o melhor cortador de lenha da região para ser aceito como seu discípulo a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos.
O mestre concordou e passou a ensiná-lo. Não se passou muito tempo e o discípulo julgou ser muito melhor que o mestre, desafiando-o para uma competição em público. Tendo o mestre aceito o desafio, tudo foi marcado, preparado e teve início a competição. 
                                O jovem trabalhava no corte da lenha sem parar, e, de vez em quando, olhava para conferir como estava o trabalho do mestre. Para grande surpresa do jovem, o mestre encontrava-se muitas vezes sentado, tendo isto ocorrido durante toda a competição.
                             Isto fortaleceu a determinação do jovem, que continuou a cortar a lenha e a pensar - " Coitado, o mestre está muito velho..."Ao término da competição forma medir os resultados, e o mestre havia cortado mais lenha que o discípulo.
                                  O jovem indignado disse:
_ Não consigo entender, não parei de cortar lenha o dia todo, com toda minha energia, e cada vez que eu olhava o senhor estava descansando!O mestre responde:
                            _ Não meu jovem, eu não descansava, só amolava o meu machado. Você, por estar tão empolgado em cortar mais lenha, se esqueceu desse pequeno detalhe. Sua produtividade caiu e você perdeu. O nosso machado é a nossa mente. se não a amolarmos constantemente ela perderá o corte e aí não poderemos cortar as nossas madeiras do dia - a- dia na maneira com que cortávamos anteriormente. 



                                                           

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

SIM, O BRASIL PRECISA DE UM NOVO CÓDIGO COMERCIAL










                         É difícil até imaginar que algum diploma legal datado de 1850 - quando o Brasil ainda era um império sustentado por mão de obra escrava - continue valendo hoje. Este, porém, é o caso do Código Comercial, apesar de muitos de seus dispositivos terem sido substituídos ao longo do tempo por leis dispersas, como a que rege as sociedades anônimas (de 1976) e a que dispõe sobre recuperação de empresas (de 2005, que substituiu a Lei de Falências e Concordatas, de 1945).
                            Em 2003, a entrada em vigor do novo Código Civil atualizou os direitos e as obrigações das pessoas físicas e jurídicas de tal modo que há quem entenda não ser mais necessária a existência de um código próprio para regular o direito comercial - pedra angular da segurança jurídica na atividade empresarial de qualquer segmento da economia.
Embora respeite os que assim pensam, a Fecomercio SP entende como desejável para reforçar a atração de investimentos e melhorar a competitividade de nossa economia no mundo globalizado, a adoção de um Código Comercial moderno. 
                            Ao unificar o direito privado, o Código Civil tratou as relações entre empresas da mesma forma que as relações de consumo, de trabalho e de vizinhança, sem levar em conta o quanto é heterogêneo e complexo o universo empresarial brasileiro. Além disso, como o próprio Código Civil tramitou no Congresso Nacional durante quase três décadas, suas normas já nasceram ultrapassadas no que se refere, por exemplo, ao comércio eletrônico.
                  A modernidade empresarial exige que seja desburocratização o trabalho das juntas Comerciais, eliminando-se toneladas de papel que tornam prolongados em demasia os procedimentos para abertura e fechamento de empresas. Documentos como títulos de crédito devem circular exclusivamente por meio eletrônico, como preconiza o Banco Mundial para agilizar os negócios. Tudo isso será mais fácil se forem centralizados num código específico os princípios e regras de direito comercial, tornando mais objetivas e precisas as normas que definem as responsabilidades e os direitos dos sócios de sociedades limitadas.
                            Com base base em minuta do professor Fábio Ulhoa Coelho, titular de Direito Comercial da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, foi apresentado em 2011, pelo Deputado Federal Vicente Cândido (PT-SP), um projeto de novo Código Comercial que propõe: "a sistematização, revisão, aperfeiçoamento e modernização da disciplina jurídica do estabelecimento empresarial, do comércio eletrônico, da concorrência desleal, das condutas parasitárias, da escrituração mercantil, do exercício  individual da empresa e da sociedade unipessoal". De acordo com sua justificativa, o projeto também "disciplina os principais contratos empresariais, o fornecimento, a distribuição e o fretamento de embarcações".
                               A Fecomercio SP apoia a iniciativa para superar um atraso mais do que secular na adoção de mecanismos eficazes e  modernos de proteção aos créditos, títulos e contratos em nosso país. Alerta, apenas, que a regulamentação não pode engessar a atividade empresarial, cuja liberdade deve ser mantida ao largo dos interesses corporativos do Estado. A entidade continuará acompanhando os desdobramentos da votação na Câmara Federal do projeto de lei que institui o novo Código Comercial.


Veja aqui no site da Saraiva alguns Código Comerciais 






Fonte: Tome Nota - Abril 2012 - página 05 -  por Abram Szajman - Presidente da Federação do Comécio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo - Fecomércio SP.

Vida e Obra de Nicolau Maquiavel




Parte II


No post anterior vocês puderam conhecer um pouco da vida de Nicolau Maquiavel, agora o blog trouxe para vocês o livro mais cobiçado e falado da época O PRÍNCIPE, que foi aliado de muitos e inimigos de vários, isto porque depois de sua publicação nunca se soube de que lado Maquiavel realmente estava e a quem quis beneficiar com tamanha obra, que servia tanto aos príncipes, como ao povo em geral. Uma verdadeira arma nas mãos daqueles que sabe como manejá-la.

Fica a pergunta: será que os nossos políticos de hoje já leram O Príncipe -  de Maquiavel? 




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Espero que tenham gostado!





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